Na segunda quinzena de outubro, uma reportagem do Valor Econômico destacou o uso de peças de madeira pela Yamaha Motor, em embarcações. O material desenvolvido no Japão, de acordo com o texto, é cinco vezes mais resistente que o aço. As peças são feitas com nanofibras de celulose derivadas de madeira (CNF) e substituem peças de plástico na construção de embarcações.
“A empresa começou a vender os produtos na América do Norte em 25 de agosto. Agora que está sendo usado comercialmente em peças de equipamento de transporte pela primeira vez, está atraindo a atenção, com o apelo de reduzir a pegada de carbono das empresas usuárias”, cita a matéria.
Em 2018, porém, uma madeira quase 10 vezes mais resistente que a natural foi apresentada por cientistas como um novo produto, com potencial para substituir o aço. O estudo foi publicado na revista Nature, uma das mais conceituadas na área da ciência. A supermadeira, desenvolvida por engenheiros da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, seria um material mais resistente que o aço, seis vezes menos densa e, para ser fraturada, necessita de 10 vezes mais energia, em relação à madeira natural. Para alcançar tão densidade, a equipe removeu parcialmente a lignina e a hemicelulose da madeira natural, por meio da ebulição em uma mistura de hidróxido de sódio e sulfato de sódio.
Na época, testes com projéteis de aço, similares a balas de revólver, foram feitos com o novo material. Os projéteis atravessaram a madeira natural, mas ficaram retidos até a metade quando disparados contra a madeira tratada.